Este tema dos "Retratos Afro-Brasileiros" (ou "Afrobrasileiros" segundo a nova ortografia portuguesa) pode ser desenvolvido infinitamente e, portanto, enquanto me interessar por ele vou lhe dar prosseguimento através de novos exercícios, buscando sempre criar figuras que, ainda que tenham suas particularidades específicas, sejam estilisticamente relacionadas ao conjunto total da série.
Desta vez trago o "Mathias" (nome sugerido por minha filha) que, como podem ver, é um sujeito anguloso, sorridente e colorido. Como seus outros amigos, ele é construído muito graficamente, tendo como suporte uma superfície rígida preparada com colagem de tecidos com texturas diferentes, tecidos estes cujo objetivo principal é me impor uma dificuldade inicial ao lançamento da forma figurativa. A estilização geometrizada das formas, derivada da arte africana (que muitos associarão ao Cubismo), me ajuda a “assentar” a figura sobre tais elementos colados, sendo as diversas áreas da face definidas pelo jogo criado entre as cores. Estas são lançadas entre as linhas brancas construtivas da forma, sendo sua aplicação feita em camadas sucessivas a partir da primeira cor em têmpera (neste caso um azul ultramar bastante profundo); as cores subseqüentes foram aplicadas com a minha já tradicional mistura de óleo e pasta de cera (ou “pseudoencáustica”).
O resultado pode ser visto tanto como uma figura - uma cabeça - extremamente estilizada quanto um jogo muito dinâmico de cores, formas e texturas sobre uma superfície plana; jogo este com o qual muito me identifico e que é, no fim das contas, meu principal interesse. É para mostrar mais de perto este jogo que, como nos meus dois trabalhos anteriores (os “Autoretratos”), resolvi apresentar também uma série de detalhes da obra – recortes - alguns deles que são verdadeiras obras abstratas independentes. Isto, para mim, deixa muito claro que no fundo esta diferenciação entre “abstrato” e “figurativo” não tem muito sentido, pois toda a pintura é construída a partir de conceitos abstratos e utilizando elementos formais fundamentalmente abstratos (como a linha). Portanto, uma coisa leva a outra e vice-versa.
Até a próxima.
Ricardo Pereira - "Mathias" - colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 60 X 91 cm - 2010.
Ricardo Pereira - "Mathias" - detalhes 1 e 2.
Ricardo Pereira - "Mathias" - detalhes 3 e 4.
sábado, 27 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Autoretrato Com Gorro Africano
Prosseguindo na criação de “autoretratos”, acabei de realizar este “Autoretrato com Gorro Africano” dentro das mesmas características de estilo do anterior, ambos relacionados a esta série que venho realizando no contexto “afro-brasileiro”.
Como no outro trabalho, tive a intenção de criar uma imagem onde convivessem elementos abstratos e figurativos numa espécie de “tensão harmonizada”. Ou seja, em cima de uma estrutura abstrata, relativamente geometrizada (construída com colagens de recortes de tecidos de formatos e texturas diferentes), lancei o desenho simplificado do meu autoretrato, sabendo de antemão que tal estrutura e desenho iriam estar em conflito.
Como não houve qualquer planejamento prévio, a idéia foi a de me propor o desafio de tentar harmonizar uma coisa com a outra através do improviso quase total, ainda mantendo as características básicas das duas propostas (as da abstração e da figuração), colocando-as numa espécie de "convivência forçada". Como nos trabalhos recentes, a “costura” entre estes dois elementos díspares se deu através da cor e dos elementos gráficos e lineares introduzidos. Fazendo uso de cores complementares (que se contrastam enquanto se atraem) e relacionando determinadas áreas geométricas dentro da figura com outras do lado de fora através destas cores e dos elementos lineares, criei ligações visuais entre setores internos e externos, “prendendo” o desenho figurativo na trama abstrata. Como o autoretrato se baseia num linearismo muito simples (só linha, sem claro-escuro) sendo, portanto, transparente, este jogo entre formas, cores e linhas se torna relativamente equilibrável. E para assentar um pouco mais facilmente as coisas, diferentemente do autoretrato anterior, neste acabei por optar por um plano de fundo em padrão liso e único, de cor vermelha forte com linhas verticais verdes, sobre o qual se desenrola o embate entre abstração e figuração.
Também introduzi áreas pintadas de branco, coincidentes com o elemento figurativo, para ajudar na leitura da forma; e, arrematando, um elemento temático, fortemente geométrico, em preto e branco, foi colocado no alto da cabeça da figura com a função de criar mais uma ponte entre os contextos abstrato e figurativo. Desta maneira, o olhar do espectador pode passear seguindo o forte caminho da linha preta de contorno, indo até o gorro e voltando, ou pegar “atalhos” no meio de percurso para perambular sobre as linhas coloridas das formas geométricas, saltitando pelos elementos gráficos rítmicos ou atravessando mais lentamente as asperezas coloristicamente acentuadas e diferenciadas dos tecidos colados ao suporte (principalmente se olhar mais de perto).
Comparando este autoretrato com o anterior, considero este resultado visualmente mais simples e direto. Por outro lado, nos dois casos a verossimilhança não foi muito respeitada; contudo, isto não me preocupa, principalmente porque sei que todos nós somos compostos por vários “eus”; então, que este “eu com gorro africano" seja apenas mais uma das minhas várias facetas. Outras virão mais adiante.
1- Ricardo Pereira - "Autoretrato com Gorro Africano" - colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 90 X 60 cm - 2010.
2- Detalhe A.
3- Detalhe B.
4- Detalhe C.
Como no outro trabalho, tive a intenção de criar uma imagem onde convivessem elementos abstratos e figurativos numa espécie de “tensão harmonizada”. Ou seja, em cima de uma estrutura abstrata, relativamente geometrizada (construída com colagens de recortes de tecidos de formatos e texturas diferentes), lancei o desenho simplificado do meu autoretrato, sabendo de antemão que tal estrutura e desenho iriam estar em conflito.
Como não houve qualquer planejamento prévio, a idéia foi a de me propor o desafio de tentar harmonizar uma coisa com a outra através do improviso quase total, ainda mantendo as características básicas das duas propostas (as da abstração e da figuração), colocando-as numa espécie de "convivência forçada". Como nos trabalhos recentes, a “costura” entre estes dois elementos díspares se deu através da cor e dos elementos gráficos e lineares introduzidos. Fazendo uso de cores complementares (que se contrastam enquanto se atraem) e relacionando determinadas áreas geométricas dentro da figura com outras do lado de fora através destas cores e dos elementos lineares, criei ligações visuais entre setores internos e externos, “prendendo” o desenho figurativo na trama abstrata. Como o autoretrato se baseia num linearismo muito simples (só linha, sem claro-escuro) sendo, portanto, transparente, este jogo entre formas, cores e linhas se torna relativamente equilibrável. E para assentar um pouco mais facilmente as coisas, diferentemente do autoretrato anterior, neste acabei por optar por um plano de fundo em padrão liso e único, de cor vermelha forte com linhas verticais verdes, sobre o qual se desenrola o embate entre abstração e figuração.
Também introduzi áreas pintadas de branco, coincidentes com o elemento figurativo, para ajudar na leitura da forma; e, arrematando, um elemento temático, fortemente geométrico, em preto e branco, foi colocado no alto da cabeça da figura com a função de criar mais uma ponte entre os contextos abstrato e figurativo. Desta maneira, o olhar do espectador pode passear seguindo o forte caminho da linha preta de contorno, indo até o gorro e voltando, ou pegar “atalhos” no meio de percurso para perambular sobre as linhas coloridas das formas geométricas, saltitando pelos elementos gráficos rítmicos ou atravessando mais lentamente as asperezas coloristicamente acentuadas e diferenciadas dos tecidos colados ao suporte (principalmente se olhar mais de perto).
Comparando este autoretrato com o anterior, considero este resultado visualmente mais simples e direto. Por outro lado, nos dois casos a verossimilhança não foi muito respeitada; contudo, isto não me preocupa, principalmente porque sei que todos nós somos compostos por vários “eus”; então, que este “eu com gorro africano" seja apenas mais uma das minhas várias facetas. Outras virão mais adiante.
1- Ricardo Pereira - "Autoretrato com Gorro Africano" - colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 90 X 60 cm - 2010.
2- Detalhe A.
3- Detalhe B.
4- Detalhe C.
sábado, 2 de outubro de 2010
Auto-Retrato Afro-Quantico Com Óculos de Aro Prateado
Desta vez retorno ao tema do "Auto-retrato", mas não com desenho ou gravura e sim com pintura. Nesta experiência tive a intenção de ser coerente com os meus "Retratos Afro-Brasileiros" que venho criando e postando aqui ultimamente. E na busca desta coerência cheguei a um resultado que considero bastante curioso e exótico – este sou eu um pouco mais novo, mais magro, mais bonito (por que não?) e "afro-quantico" (quem quiser pode tentar descobrir o que significa isso).
Junto com a imagem completa, postei vários detalhes fotografados com a lente macro para dar uma idéia das texturas diferenciadas dos diversos tecidos que colei ao suporte e do empastamento da tinta aplicada (óleo e a pasta de cera sobre uma camada inicial de têmpera de caseína). A pintura sobre tecidos diferentes colados ao suporte tem me atraído muito porque resulta em situações difíceis de serem resolvidas (gosto de desafios), já que estas colagens não são aplicadas em função do desenho - este é que tem que ser adaptado a elas. Com isso me forço para introduzir um elemento figurativo sobre uma base abstrata quase que aleatoriamente montada.
Além disso, existe a questão das cores; estas são aplicadas sobre os tecidos colados geralmente em fortes contrastes definindo as áreas exatas dos tecidos. Então tenho que conseguir harmonizar texturas diferentes, formas diversas (áreas de cor diferentes) e o desenho figurativo aplicado por cima (a máscara “afro-brasileira” ou o auto-retrato). Para conseguir este feito lanço mão de elementos gráficos como pontos, traços e linhas de diversos tipos, todos também em cores relacionadas com as cores iniciais lançadas (por serem complementares ou da mesma família, dependendo da situação). Tais elementos criam ritmos visuais interessantes que funcionam como sub-temas ligados ao contexto abstrato inicial. Com as máscaras, que já são muito estilizadas, tais grafismos se encaixam muito bem, mas com meu auto-retrato desenhado com uma estilização mínima (pois me interessava que ficasse um pouco parecido comigo) tive mais dificuldades. Mas a partir do momento em que tudo foi se entrosando, o trabalho começou a ganhar consistência até chegar num ponto em que, se fosse tentar prosseguir, me arriscaria a perder o que de interessante já fora alcançado.
Bom, deixo o resto por conta da avaliação de vocês.
Ricardo Pereira - "Auto-Retrato Afro-Quantico Com Óculos de Aro Prateado" - colagem,têmpera de caseína, acrílica, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 60 X 90 cm - 2010.
Detalhes 1 e 2.
Detalhes 3 e 4.
Detalhes 5 e 6.
Detalhes 6 e 7.
Junto com a imagem completa, postei vários detalhes fotografados com a lente macro para dar uma idéia das texturas diferenciadas dos diversos tecidos que colei ao suporte e do empastamento da tinta aplicada (óleo e a pasta de cera sobre uma camada inicial de têmpera de caseína). A pintura sobre tecidos diferentes colados ao suporte tem me atraído muito porque resulta em situações difíceis de serem resolvidas (gosto de desafios), já que estas colagens não são aplicadas em função do desenho - este é que tem que ser adaptado a elas. Com isso me forço para introduzir um elemento figurativo sobre uma base abstrata quase que aleatoriamente montada.
Além disso, existe a questão das cores; estas são aplicadas sobre os tecidos colados geralmente em fortes contrastes definindo as áreas exatas dos tecidos. Então tenho que conseguir harmonizar texturas diferentes, formas diversas (áreas de cor diferentes) e o desenho figurativo aplicado por cima (a máscara “afro-brasileira” ou o auto-retrato). Para conseguir este feito lanço mão de elementos gráficos como pontos, traços e linhas de diversos tipos, todos também em cores relacionadas com as cores iniciais lançadas (por serem complementares ou da mesma família, dependendo da situação). Tais elementos criam ritmos visuais interessantes que funcionam como sub-temas ligados ao contexto abstrato inicial. Com as máscaras, que já são muito estilizadas, tais grafismos se encaixam muito bem, mas com meu auto-retrato desenhado com uma estilização mínima (pois me interessava que ficasse um pouco parecido comigo) tive mais dificuldades. Mas a partir do momento em que tudo foi se entrosando, o trabalho começou a ganhar consistência até chegar num ponto em que, se fosse tentar prosseguir, me arriscaria a perder o que de interessante já fora alcançado.
Bom, deixo o resto por conta da avaliação de vocês.
Ricardo Pereira - "Auto-Retrato Afro-Quantico Com Óculos de Aro Prateado" - colagem,têmpera de caseína, acrílica, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 60 X 90 cm - 2010.
Detalhes 1 e 2.
Detalhes 3 e 4.
Detalhes 5 e 6.
Detalhes 6 e 7.
Detalhes 8 e 9.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Novos Personagens ou Retratos Afrobrasileiros
Dando continuidade a este tema da "afrobrasilidade"que venho desenvolvendo há algum tempo com mais intensidade, seguem estas novas pinturas. Elas possuem as mesmas características técnicas das anteriores, com o emprego de tecidos colados ao suporte como elementos visuais bastante evidenciados, porém integrados ao tema. Em alguns deles, os contrastes de cor, os elementos gráficos e os recortes marcados tendem a tornar-se o assunto principal, contudo logo a força expressiva dos tipos "afrobrasileiros" retomam o controle e a figuração se impõe.
Ricardo A. B. Pereira - "Oswaldo" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 60 X 90 cm - 2010.
Ricardo A. B. Pereira - "Tolentino" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 60 X 90 cm - 2010
Ricardo Pereira - "Marciano" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 60 X 90 cm - 2010.
domingo, 11 de julho de 2010
QUATRO AMIGOS AFROBRASILEIROS
Retomando a série de pinturas sobre o tema "Afrobrasileiro", seguem agora quatro obras que acabei de realizar, as quais pretendo expor no próximo ano em uma galeria física (juntamente com as demais da série). Como as outras, estas foram desenvolvidas com bastante liberdade criativa a partir das formas "afro". Meu interesse é sempre experimentar possibilidades em relação ao desenho, cores e texturas, inserindo o tema neste contexto de experimentação plástica, de maneira que forma e significados se equilibrem em interesse perante o observador.
Para tanto, iniciei estas pinturas com a colagem sobre o suporte de tecidos com texturas e formatos diferentes entre si, já criando um jogo dinâmico de formas abstratas em relevo. Sobre estes relevos (preparados com uma base acrílica branca) lancei com têmpera de caseína as cores iniciais e o desenho das figuras, concluindo cada trabalho sempre com camadas de pasta de cera (“encáustica fria”). Estas cores iniciais ou posteriores não foram resolvidas em estudos preliminares (o desenho, sim), mas decididas na hora, após alguns momentos de concentração. Isto torna todo o processo criativo bastante interessante, aonde conhecimento e intuição trabalham em conjunto (como sempre deve ser). O resultado, desta maneira, tende a ficar muito vibrante. Mas além da vibração das cores, me interessa também criar um ritmo gráfico intenso através da introdução de linhas fortes, pequenos traços, pontos e achuras característicos do meu estilo de uma forma geral.
Por fim, no caso destas pinturas, se comparadas com as anteriores desta série, temos uma "planaridade" maior, pois em nenhuma delas trabalhei o elemento formal "volume" (luzes e sombras). Desta maneira, ficam ressaltados neste aspecto o volume verdadeiro dos tecidos colados contra a superfície plana do suporte na qual se inserem as figuras desenhadas.
Portanto, pode-se “entrar” nestas pinturas por vários caminhos de acordo com a sensibilidade, os interesses e a imaginação de cada observador.
1- Ricardo Pereira - "Carolina -Mulata no Samba" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
2- Ricardo Pereira - "Agnaldo com Vestido Novo" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
3- Ricardo Pereira - "João Peladão" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
4- Ricardo Pereira - "A Beleza de Adméia" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
5- Ricardo Pereira - "Os Quatro Amigos" - 2010.
Para tanto, iniciei estas pinturas com a colagem sobre o suporte de tecidos com texturas e formatos diferentes entre si, já criando um jogo dinâmico de formas abstratas em relevo. Sobre estes relevos (preparados com uma base acrílica branca) lancei com têmpera de caseína as cores iniciais e o desenho das figuras, concluindo cada trabalho sempre com camadas de pasta de cera (“encáustica fria”). Estas cores iniciais ou posteriores não foram resolvidas em estudos preliminares (o desenho, sim), mas decididas na hora, após alguns momentos de concentração. Isto torna todo o processo criativo bastante interessante, aonde conhecimento e intuição trabalham em conjunto (como sempre deve ser). O resultado, desta maneira, tende a ficar muito vibrante. Mas além da vibração das cores, me interessa também criar um ritmo gráfico intenso através da introdução de linhas fortes, pequenos traços, pontos e achuras característicos do meu estilo de uma forma geral.
Por fim, no caso destas pinturas, se comparadas com as anteriores desta série, temos uma "planaridade" maior, pois em nenhuma delas trabalhei o elemento formal "volume" (luzes e sombras). Desta maneira, ficam ressaltados neste aspecto o volume verdadeiro dos tecidos colados contra a superfície plana do suporte na qual se inserem as figuras desenhadas.
Portanto, pode-se “entrar” nestas pinturas por vários caminhos de acordo com a sensibilidade, os interesses e a imaginação de cada observador.
1- Ricardo Pereira - "Carolina -Mulata no Samba" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
2- Ricardo Pereira - "Agnaldo com Vestido Novo" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
3- Ricardo Pereira - "João Peladão" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
4- Ricardo Pereira - "A Beleza de Adméia" - Colagem, têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre mansonite - 138 X 60 cm - 2010.
5- Ricardo Pereira - "Os Quatro Amigos" - 2010.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
MAIS ALGUNS CROQUIS E XILOS - MEU PAI E EU
Já que venho falando de croquis, vou postar agora mais alguns desenhos e algumas xilogravuras (acabadas). O primeiro desenho é o retrato do meu pai, Dr. Antonio Ermengildo Pereira, feito em 1999. Tenho um apreço forte por este trabalho, pois sinto que consegui captar com muita precisão não só o tipo físico do meu pai quanto um pouco do seu caráter bondoso, íntegro e firme, alguém que (juntamente com minha mãe) lutou muito sua vida toda para dar uma vida dígna à família e sempre me apoiou e incentivou (assim como aos meus irmãos). É, portanto, um singela homenagem de filho para pai.
Os demais desenhos são meus "autoretratos" em várias versões. Talvez por estar chegando aos 50, venho tendo esta vontade de ficar observando no espelho a passagem do tempo em minha face, mas buscando fixar este momento não como alguém que se preocupa por estar ficando velho, porém simplesmente para registrar e também, porque não?, brincar um pouco com a prória máscara.
As xilogravuras tem o mesmo espírito, sendo também uma oportunidade de estudar a alguns procedimentos técnicos.
Enfim, estas são as minhas caras.
1- Ricardo pereira - "Meu Pai - Dr. Ermenegildo Pereira" - desenho a lápis 8B - 1999.
2- Ricardo pereira - "Autoretrato Frontal" - Desenho a laís 8B - 2010.
3- Ricardo pereira - "Autoretrato Olhando de Lado" - Desenho a lápis 8B - 2010.
4- Ricardo Pereira - "Autoretrato com gorro Afro" - Desenho a lapis 8B - 2010.
5- Ricardo Pereira - "Autoretrato Barbado e Cabeludo" - Desenho a lapis 8B - 2010.
6- Ricardo Pereira - Eu e Karina - Desenho a lapis 8B - 2007.
Os demais desenhos são meus "autoretratos" em várias versões. Talvez por estar chegando aos 50, venho tendo esta vontade de ficar observando no espelho a passagem do tempo em minha face, mas buscando fixar este momento não como alguém que se preocupa por estar ficando velho, porém simplesmente para registrar e também, porque não?, brincar um pouco com a prória máscara.
As xilogravuras tem o mesmo espírito, sendo também uma oportunidade de estudar a alguns procedimentos técnicos.
Enfim, estas são as minhas caras.
1- Ricardo pereira - "Meu Pai - Dr. Ermenegildo Pereira" - desenho a lápis 8B - 1999.
2- Ricardo pereira - "Autoretrato Frontal" - Desenho a laís 8B - 2010.
3- Ricardo pereira - "Autoretrato Olhando de Lado" - Desenho a lápis 8B - 2010.
4- Ricardo Pereira - "Autoretrato com gorro Afro" - Desenho a lapis 8B - 2010.
5- Ricardo Pereira - "Autoretrato Barbado e Cabeludo" - Desenho a lapis 8B - 2010.
6- Ricardo Pereira - Eu e Karina - Desenho a lapis 8B - 2007.
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