quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O Mundo de Hôlo




A imagem que estou postando agora também pertence a fase antiga dos anos 70, que venho comentando. Trata-se da pintura intitulada " O Mundo de Hôlo" (óleo s/tela, 46 X 55 cm - 1978), que retrata o cão de estimação que me acompanhou e aos meus irmãos desde a infância. Ele morreu aos 14 anos, bem velhinho e, em sua homenagem, pintei este quadro. Na verdade foi uma tentativa minha de "sondar" o que existe do "lado de lá", mundo desconhecido que busquei representar como uma dimensão enevoada e indefinida como um sonho.

Holo está em frente a um espelho que reflete a imagem de sua nova casa ou diante de um "portal dimensional" dentro do Além? Não sei responder mas gostei muito de ter feito esta pintura, que está comigo até hoje. Ela me traz boas recordações e me faz pensar sobre o grande mistério da existência.

Além deste quadro, pintei outros em épocas posteriores para homenagear estes meus "melhores amigos" que se foram; futuramente postarei aqui estas pinturas, criadas em estilos bem diversos deste mas movidas pelo mesmo tipo de emoção que nasce de uma verdadeira amizade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Ricardo,
O mundo desconhecido, impalpável adquire para cada um de nós uma feição, que pode até mesmo ficar no inconsciente, porém poucos irão materializar o que lhe seja pecualiar... A feição do Hôlo, que pra mim não fora tão conhecido, ficou como uma reminiscência entre a tela que você pintou e uma representação de nossa casa, na rua Bahia... reminiscências de famíla, porém que pode assumir, através do tempo, outras subjetividades, para aqueles que não souberem as origens da imagem... Eis o grande vôo das artes, ela suscita muito mais do que seu criador pode imaginar...
Abraço forte,
Regilan

Ricardo A. B. Pereira disse...

É isto aí, Regilan. A arte suscita muitas e muitas coisas na imaginação das pessoas. É por isso que ela é tão importante, porque nos ajuda a viver e a sonhar, com isso dando mais significação as nossas vidas e ao que nos cerca.

Um grande abraço.

Ricardo A. B. Pereira