Sempre Procurando - Invenções e Viagens - 2004

Depois dos Meteoros, procurando dar continuidade ao trabalho de desenvolver uma linguagem que mesclasse resultados antigos com novas propostas, ou retomando antigas idéias minhas com roupagens um pouco diferentes, em 2004 parti para elaboração de uns estudos de formatos alongados na vertical ou na horizontal, sempre pintando com a pasta de cera, tendo como base, muitas vezes, a têmpera de caseína. Este procedimento técnico me permite alcançar uns efeitos de transparência muito interessantes, ao lado de outros de mpastamento pesado ou de rítmos gráficos bonitos.

A minha idéia com estes esudos é a de realizar grandes painéis ou pinturas murais, se eu encontrar interessados que os financie. Eles serão feitos sobre chapas de compensado naval (painel), diretamente sobre uma parede especialmente preparada (pintura mural) ou em azulejos para serem fixados externa ou internamente (mural de azulejos).

Aí estão alguns destes estudos, aos quais dei o título geral de "Fantasias e Verões":


1- "A Cornucópia" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/compensado ou MDF - 104 X 32 cm - 2004.


2- "Folias Marcianas" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/compensado ou MDF - 104 X 32 cm - 2004.


3- "Desejos Flutuantes" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/compensado ou MDF - 104 X 32 cm - 2004.


4- "Coisas e Abstrações" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/compensado ou MDF - 104 X 32 cm - 2004.


"A Sedução" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/compensado ou MDF - 32 X 104 cm - 2004.

Meteoros - 2003

Depois do "Jardim Sideral", continuando a retomada de assuntos antigos, criei a série "Meteoros", cujo ponto de partida eram pinturas feitas no início dos anos 90, de pequeno formato, em parte inspiradas nas famosas "Pedras Gravadas de Ica" e em parte no estilo "infantil" de Paul Klee.

Estas tais pedras são encontradas na região de Ica, no Peru, e tem como característica serem cobertas por figuras humanas gravadas que, segundo o pesquisador Javier Cabrera Darquea, nos passam importantes e raros conhecimentos, legados por uma antiquíssima civilização perdida sobre os mais variados assuntos: Botânica, Medicina, arqueologia, Matemática, Geografia, Zoologia e Astronáutica. Tais conhecimentos expostos nas pedras, se fossem efetivamente estudados por nossos cientistas, poderiam mudar vários de nossos conceitos sobre as ciências acima mencionadas.

Contudo, o que mais me interessou nesta hisória é a beleza das gravações, onde inúmeras figuras de formato curioso estão fazendo as mais diversas coisas em total interação, e criando uma bela relação entre os formatos arredondados das pedras e os seus desenhos.
Daí resolvi também fazer as "minhas pedras", tanto em cerâmica quanto em pintura. Em ambos os casos deixei de lado os aspectos misteriosos e me voltei para os formais, buscando criar minhas próprias figurinhas, mas sem perder o "ar" de ancestralidade que costuma estar presente em muitos dos meus trabalhos.

Ao retomar este tema em 2003, procurei dar mais cor e variedade às pinturas, passando também a chama-las de "Meteoros" devido ao formato ovalado da área central, onde se distribuem as figuras, estes "seres viajantes entre mundos distantes ou dimensões diferentes".
Estes são os "Meteoros":



1- "Meteroro A - O transportador de Almas" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2003 .


2- "Meteoro B" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2003 .


3- "Meteoro C" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2003 .


4- "Meteoro D" - têmpera de caseína, óleo e psta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2003.


5- "Meteoro E" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 75 X 100 cm - 2003 .

Estes trabalhos, e outros da mesma série, foram expostos em 2004 na Sala José Candido de Carvalho, galeria de arte pertencente a Fundação de Arte de Niterói.

Prosseguindo Pelo Século XXI - Jardim Sideral - 2002

Após a criação dos trabalhos mostrados ateriormente, iniciei duas novas experiências relacionadas com os aspectos gráficos do meu trabalho. A primeira partia das linhas retas e das formas criadas por seus cruzamentos; a segunda nasceu das linhas curvas e das formas curvilíneas, orgânicas e livres.

No primeiro caso surgiram formas geometrizadas, como se fossem prédios e viadutos que lembram minhas visões futuristas dos primeiros trabalhos dos anos 70 e 80 (ver no histórico do blog), só que mais soltos e tendendo muito mais para a abstração. São trabalhos de pequeno formato, exercícios em têmpera de caseína sobre compensado. Como não os considero como trabalhos plenamente resolvidos não vou posta-los aqui (pelo menos por agora).

No segundo caso nasceu a série "Jardim Sideral", onde formas vegetais e muito exóticas são o tema dos trabalhos, todos também tendendo para a abstração. Estas pinturas tem cores muito vivas e alegres, muitos elementos gráficos movimentados e bastante empastamento realizado com pasta de cera e óleo em base de têmpera de caseína sobre compensado. Parecem plantas saídas de um jardim extraterrestre, de outros mundos do espaço sideral.

1- "Um Jardim Marciano" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

2- "Cactus de Saturno" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

3- "Flor Solar" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

4- "Amendoeira Venusiana" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

5- "Pássaros de Ganímedes" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

6- "Ramos Marcianos" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

7- "Árvore em Júpiter" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

8- "Antúrio da Lua" - têmpera de caseína, óleo e pasta de cera sobre compensado - pequeno formato - 2002.

Prosseguindo pelo Século XXI - "Vislumbrando o Infinito" - 2002

Encerrados os trabalhos da série "Pelican Bay Hotel", veio, mais uma vez, a hora de mudar de casa. Só que agora para uma casa própria, comprada com o dinheiro ganho a partir desta fantástica encomenda, que foram as tais 144 pinturas para o aquele hotel das Bahamas.

Na nova casa, maior, com terreno para construir, com quintal arborizado e localizada numa travessa do Fonseca (em Niterói), afastada da barulhenta Alameda, instalei-me com minha família, quadros e materiais de trabalho e meu novo forno, comprado na passagem de 2000 para 2001 com o apoio dos proprietários da Atmosphere (esta história pode ser conhecida no blog sobre minha cerâmica: http://rpceramica-arte.blogspot.com/).

Meu novo atelier de pintura (ainda improvisado até que eu tenha condições financeiras de construir um com 3 andares no local), fica no quintal da casa, sob às sombras de uma jaqueira e de um pé de graviola (o de cerâmica fica nos fundos, onde antes funcionava a lavanderia da casa). Nele, a partir de 2002, reiniciei meus trabalhos, fazendo uma espécie de reciclagem de tudo o que já fizera até então (os trabalhos para o hotel já tinham esta característica). Fui levado a isto por dois motivos: o primeiro foi uma tentativa de compreender a minha própria trajetória artística, as suas diversas fases, experiências, erros e acertos, tentando retomar algumas coisas que não haviam sido bem exploradas ou me inspirando nelas para começar outras. O segundo motivo se deveu a uma encomenda feita por um alemão, chamado Günter, que viu uma pintura de minha autoria na casa de uma amigo dele aqui no Brasil e depois me descobriu através do Portal Niterói Artes (http://www.niteroiartes.com.br/ - Ricardo Pereira).

Então ele, que quase não falava português, entrou em contato comigo, dizendo-se interessado em comprar uma obra minha e fotografar outras para colocar numa galeria virtual que pretendia montar, especializada em artistas latinoamericanos e africanos. O trabalho que lhe interessava pertencia estilisticamente à série "Cabeças", de 91/1992 (já postada aqui neste blog - veja o arquivo do blog). Então criei um trabalho totalmente novo inspirado nesta série e, partir daí, toda uma série nova também inspirada naqueles trabalhos, só que mais coloridos e com uma acentuação maior dos seus aspectos simbólicos. A este conjunto de pinturas, que tem um teor vagamente místico, chamei de "Vislumbrando o Infinito" (ou "Eles").

Quanto ao Günter, veio a minha casa, pagou e levou o trabalho encomendado, fotografou muitas pinturas e desenhos meus e se foi, afirmando que voltaria a dar notícias sobre a tal galeria virtual. Somente há 3 anos atrás é que me mandou um e-mail, dizendo que havia desistido de fazer a tal galeria, preferindo se dedicar a seu outro interesse: o cultivo de flores. Mas garantiu que nunca usaria as fotos das minhas obras para nada que eu não aprovasse. Esperemos que sim...

Para ilustrar, seguem as pinturas desta série, que foram expostas em 2006, juntamente com os "Sonhos Tropicais II", na galeria SESC Niterói, sob o título: "Entre o Céu e a Terra".



1- "Totem" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.
2- "Os Observadores" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.


3- "Aqueles que Fizeram Contato" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.
4- "Os Conhecedores do Grande Mistério" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.


5- "Os Primeiros Jardineiros" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.
6- "A Viagem" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.


7- "O Iluminado" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 45 X 90 cm - 2003.
8- "Os Telepatas" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2003.

A primeira pintura ("Totem") foi a comprada pelo Günter (infelizmente ela está com sua borda esquerda cortada devido a um escaneamento mal feito, e sua foto foi perdida).

2001 - Série Pelican Bay Hotel - continuação

Com mais estas 10 imagens, concluo a seleção de 20 trabalhos entre as 144 pinturas feitas para o Pelican Bay Hotel em 2001 (ver postagem anterior).

São elas:


"Aretuza" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

" Paullete" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"Feliciano" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"Roseli" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"O Sorriso de Montezuma" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"A Loira do Tchan" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.


"Anacleto" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"Alma" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"Maria Helena" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

"Dora" - guache, óleo e pasta de cera s/ mansonite - 60 X 90 cm - 2001.

Nestas pinturas, como nas anteriores, existe uma variedade de influências e de experiências técnicas, mas o que mais chama a atenção, me parece, é o bom humor que cerca estas imagens, expresso nas suas cores, nos fundos coloridos, nas formas e nas suas expressões caricaturais. Foi muito cansativo concluir todas as pinturas no prazo estipulado, contudo consegui realiza-las alegremente, e isto transparece na maioria delas.

2001- Série Pelican Bay Hotel

Entre 1998 e 2002 lecionei mais uma vez como professor de Pintura na EBA. Ao mesmo tempo trabalhei com uma equipe restaurando azulejos portugueses da fachada de um prédio tombado, construído no século XIX e pertencente a prefeitura de Niterói, o Solar do Jambeiro.

Em 2000 fui contatado por um dos sócios da loja de arte Artmosphere, situada em Palm Beach, para a qual já havia vendido cerâmica em 95/6. Desta vez eles estavam interessados em levar pinturas minhas, além de comprar novas cerâmicas (sobre a história destas novas cerâmicas falarei no meu outro blog: http://rpceramica-arte.blogspot.com/). Acabaram comprando várias pinturas de pequeno e médio formato, principalmente as inspiradas em arte africana (“Cabeças”, “Máscaras” e “Totens”). Neste meio tempo pintei os quadros da série “Sonhos Tropicais II”, mencionados na postagem anterior, enquanto seguia trabalhando na EBA e no Solar do Jambeiro.

Mas veio o ano de 2001 e, para minha grande surpresa e alegria, os donos da Artmosphere me contataram de novo, lá pelo mês de abril, para me fazer a seguinte proposta: pintar 144 quadros, tamanho 60 X 90 cm, para um hotel das Bahamas, cujo proprietário era cliente deles, já havia comprado quadros meus para a própria residência e agora queria encomendar meus trabalhos para decorar os apartamentos do seu novo hotel, a ser inaugurado, o Pelican Bay Hotel. O único problema é que eu teria um prazo curtíssimo para pintá-los: 4 meses. Esta proposta me foi feita ao celular, enquanto eu caminhava numa rua movimentada de Niterói à caminho de casa e era necessário que a resposta fosse imediata. Não pensei duas vezes e aceitei a proposta no ato, mesmo sabendo da enormidade da tarefa que me aguardava. Mas não sou de negar desafios e sempre confiei na minha capacidade criativa e de organização; aquela encomenda foi para mim como um prêmio, principalmente naquele momento da minha vida em que vinha passando vários apertos, mesmo que significasse 4 meses de trabalho incessante, dividindo o tempo entre a pintura e a obra de restauração com a qual tinha um contrato a ser honrado.

Mas com determinação e o apoio de minha esposa, Bete, pude achar tempo e organizar todo um esquema para dar conta da encomenda, desde a montagem e imprimadura dos suportes (mansonite montado em chassi de cedro), passando pela criação dos desenhos preparatórios e a execução final das obras. Felizmente o tema escolhido para os trabalhos era os das “Cabeças” e “Figuras” de inspiração africana, misturado com outras influências, que eram já tema do meu repertório e que agradara ao cliente, tanto que ele comprara alguns para si. Mesmo assim, cabia a mim não me repetir, caindo no erro da produção em série, procedimento que detesto, pois não tem relação com a verdadeira arte. Desta forma busquei variar ao máximo, principalmente através de procedimentos técnicos diversificados na aplicação das cores e no trabalho com a tinta, afim de alcançar efeitos plásticos inusitados e alegres.

Comecei pelas figuras e após dois meses de trabalho havia concluído metade da encomenda, recebendo a provação do Marcel (um dos donos da Artmosphere) que veio ao Brasil para ver como estava o andamento do trabalho. A partir daí passei às figuras, feliz por poder abordar este outro tema, relacionado com o anterior, mas que me permitia ainda maior variedade nos resultados.

Então, no prazo final, já sentindo os efeitos de uma estafa (tive até calafrios em uma ocasião, após a conclusão dos trabalhos do dia) consegui terminar o último trabalho. Senti uma sensação fantástica de satisfação e felicidade, pois realizara um trabalho verdadeiramente hercúleo, que me custara horas e horas de dedicação. Mas valeu a pena, as pinturas ficaram ótimas, modéstia à parte, muito vivas em cor, alegria e expressividade. E com o dinheiro que ganhei neste trabalho pude comprar a minha casa, onde moro com a Bete e com a Maria Rúbia, minha filha, na qual também continuo criando minhas obras.

Dos 144 trabalhos, selecionei 20 imagens, que serão postadas neste blog em 2 partes.


Eis as 10 primeiras:


1- "Abigail" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.
2- "Onça Pintada" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.


3- "A Sambista Afro-Chinesa" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.
4- "Zé Prancha" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.


5- "Marina de Baby Dool" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.
6- "Jorjão" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.


7- "A Loura do Tchan" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.
8- "Anika" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.


9- "Shirley Cósmica" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.
10 - "Juvenal" - óleo e pasta de cera s/ mansonite - 90 X 60 cm - 2001.

Este primeiro conjunto foi misturado, Cabeças e Figuras, porque acho que se complementam, mostrando bem o contexto bem-humorado de toda a série. Nestas pinturas, penso, ficam visíveis a interpenetração entre as linguagens da pintura, cerâmica e xilogravura, meus procedimentos de expressão artística. Isso é fruto de anos de dedicação e trabalho árduo, fico realmente feliz com estes resultados.

ANO 2000 – SONHOS TROPICAIS II

O ano 2000, início do séc. XXI, um ano emblemático para todo mundo e para mim, que sempre gostei de fantasiar sobre o futuro, o futuro distante, onde a humanidade viajasse através do universo em incríveis naves espaciais, conhecendo outros mundos e outras humanidades. Portanto, este início de Nova Era tinha que ser marcado em meu trabalho por alguma pintura que simbolizasse meus anseios, expectativas e receios sobre o que estava por vir. Mas para isso as abstrações de 98 e 99 não eram suficientes, e assim retomei a figuração mais uma vez para poder saudar a entrada do novo século. Foi assim que surgiram as 4 pinturas da série Sonhos Tropicais II, pinturas de grande formato e carregadas de simbolismo e cor, mas desta vez sem os contornos pretos, que agora são coloridos.

Vamos a elas:


1-"O Nascimento da Vênus da Nova Era" - têmpera de caseína, acrílica, óleo e pasta de cera sobre tela colada em mansonite - 106 X 106 cm - 2000.

Aqui é mostrada a minha visão mais positiva, onde a Vênus, a deusa do amor, nasce trazendo perspectivas de beleza, entendimento e arte. Contudo, junto com ela as velhas questões a respeito de nossas origens e destinos permanecem abertas e à espera de respostas.


2- "A Tempestade" - têmpera de caseína, acrílica, óleo e pasta de cera sobre tela colada em mansonite - 106 X 106 - 2000.

Mas para a humanidade que não se entende entre si e com o mundo pode advir o caos, a tempestade, que varrerá o que é ruim do planeta para que um novo pensamento se instaure, rumo ao progresso e a paz interiores.


3- "O Trampolim" - têmpera de caseína, acrílica, óleo e pasta de cera sobre tela colada em mansonite - 106 X 106 - 2000.

Um salto para o infinito, para dentro do mar profundo do Cosmos, para conhecer o que nos é desconhecido sobre nós mesmos.


4- "As Abduzidas" - têmpera de caseína, acrílica, óleo e pasta de cera sobre tela colada em mansonite - 75 X 100 - 2000.

Elas são as ninfas de um novo tempo e eles descem dos céus, como outrora, para ama-las e originar uma nova humanidade.